Biotecnologia contra o crime

Como a ciência e a tecnologia atuam resolvendo crimes?

Com o avanço da criminalidade e a sofisticação por parte dos criminosos ao cometerem crimes, fez necessário um avanço e a participação conjunta da ciência e da tecnologia, para se resolver crimes que antes pareciam sem soluções. É a partir daí que a biotecnologia forense entra como fator crucial nas investigações.

Podemos definir a biotecnologia como sendo a tecnologia baseada na biologia, ciências biológicas aplicadas, qualquer que seja, em qualquer nível: molecular, celular, morfofisiológico, ecológico, biodiversidade etc.


Mas como a biotecnologia pode ajudar a resolver crimes?

Caso você já tenha assistido CSI ou qualquer série/filme de investigação policial, sabe que, por mais que um criminoso seja minucioso, sempre existirão falhas ou vestígios, tais como, fios de cabelo, manchas de sangue e demais fluídos que irão ajudar posteriormente a relacionar o suspeito e contribuir para uma investigação mais detalhada e consequentemente a prisão do responsável.


Com o apoio da biotecnologia os resultados serão mais precisos, por exemplo, torna-se possível afirmar a hora da morte com maior precisão através da chamada Entomologia Forense (análise de insetos presentes na cena do crime), assim como podemos também chegar a identidade de um suspeito ou vítima através de uma análise de qualquer material biológico que contenha informação genética. Quando coletada a amostra o biotecnologista ou perito criminal poderá realizar a análise do perfil genético dos indivíduos suspeitos e do DNA contido nos objetos e local do crime, podendo afirmar assim se a pessoa esteve ou não envolvida. Esta conclusão é possível pois cada pessoa é única e apresenta um perfil genético distinto. O mais legal disso é que isso não ocorre somente em séries de investigação criminal como CSI: No Brasil, em maio de 2012, foi sancionada a Lei N° 12.654 que cria um banco de DNA para identificação genética de condenados por crimes violentos como homicídio, extorsão mediante sequestro, estupro, etc. Assim, é possível identificar criminosos reincidentes.
Por fim, existem inúmeras ferramentas disponíveis para se realizar uma análise laboratorial e diversos critérios a serem seguidos para que os materiais coletados sirvam de provas confiáveis durante as investigações. Cada material possui um padrão de coleta já pré-determinado, e o responsável deverá sempre detalhar possíveis contaminações que possam comprometer os resultados de laboratório.


Fontes: